Uma das características muito comum nos terrenos é a diversidade de tamanhos que eles apresentam, basta sair por ai com a intenção de comprar um deles que você encontrará de todos os tamanhos, indo de lotes bem pequenos a tamanhos gigantes que mais parecem chácaras. Mas por que existe esta diversidade enorme de tamanhos de terrenos e que cuidados devemos ter com isso na hora de comprar um?
Os terrenos mais antigos geralmente são maiores, vejo isso na casa onde moro atualmente que é em um bairro bem antigo e os terrenos são de 400 m/2. O fato deles serem grandes talvez esteja relacionado como o fato de antigamente não haver muita preocupação com a falta de espaço e as cidades na medida em que iam crescendo tinha espaço de sobra e portanto os terrenos poderiam ser grandes.
Esse falta de preocupação com espaço também podia ser observado no próprio tamanho das construções que também eram maiores. Primeiro que eram mais simples do que as que fazemos hoje e portanto o custo era muito menor.
Imagine uma casa que não precisa de massa corrida nas paredes, nem processos sofisticados no telhado, o piso poderia ser um simples de cerâmica e os móveis vinham prontos de lojas e não planejados como os de hoje. Tudo isso e outras características que tornavam a construção mais barata, aliado ao espaço disponível permitia construções grandes, com quartos, salas e principalmente cozinhas bem maiores.
Mas basta você mudar de bairro para notar a diferença, ou seja, os bairros mais novos passaram a ter terrenos cada vez menores, como 300 m/2, 250 m/2, 200 m/2 e em alguns casos com menos ainda. Minha antiga casa era em um terreno de 140 m/2. Isto é um claro reflexo da falta de espaço em função do enorme crescimento das cidades que vem obrigando as pessoas a valorizar cada m/2 de um lote para a construção.
Quando digo que bairros novos tem terrenos menores, naturalmente que isto não é uma generalização, mas sim uma tendência. Há bairros novos com terrenos grandes, mas geralmente em condomínios ou os loteamento estilo chácara.
Fazendo um paralelo com a situação anterior, hoje as construções tendem a ser cada vez menores pelos dois motivos que expliquei acima: custo e espaço.
Primeiro que o custo para construção hoje é altíssimo, com mão de obra cada vez mais especializada e cara, materiais de construção nas nuvens e cada vez mais a arquitetura impõe padrões construtivos sofisticados e caros.
Depois, os espaços vem encolhendo, como visto acima, e portanto é preciso aproveitar cada espaço disponível para tentar fazer uma construção decente. O mesmo é observado nos apartamentos que ultimamente são minúsculos.
Existe inclusive uma questão social na definição do tamanho dos terrenos, com isso muitas prefeituras podem exigir dos loteadores terrenos menores para atender a população de uma renda mais inferior, afinal quanto maior o terreno, mais caro ele será. Você já notou que nas casas populares não só a construção é pequena, mas os terrenos também são bem pequenos? Esta é uma das formas que os governantes usam para promover moradias a pessoas de baixa renda, permitindo uma construção mais simples é menor em um espaço menor, tudo isso vai influenciar no preço final do imóvel.
Mas isto precisa ter limites e algumas cidades já fazem isso impondo limites mínimos o tamanho dos novos terrenos, especialmente em caso de loteamentos novos, condomínios, etc. Essas regulamentações podem ser generalizadas, ou seja, para a cidade inteira, por bairros ou por tipo de empreendimento. Recentemente comprei um terreno em um condomínio fechado e lá a regulamentação mínima era de 300 m/2, mas não sei se este é o padrão para a cidade toda, acredito que não.
Consulte a prefeitura da sua cidade que terá as informações locais sobre tamanho mínimo de terreno para empreendimentos novos e inclusive para desmembramentos que também precisará ser adaptado as normas atuais do município.
Veja abaixo um vídeo com dicas da arquiteta Mari Cecchini sobre construção em vários tamanhos de terrenos.
Não existe. O que pode ser considerado padrão seria em termos de loteamento, ou seja, cada novo loteamento costuma assumir um tamanho padrão, mas não significa que aquele tamanho é válido para a cidade inteira.
Sim, o tamanho mínimo existe e ele é definido pelo plano diretor da sua cidade, logo não é o mesmo para todas as cidades do Brasil. Acredito que até por uma questão de bom senso os planos diretores das cidades que estão fazendo revisão dele, estabeleçam 200 m² como a metragem mínima para novos terrenos, com isso significa que ao criar um novo loteamento não será possível fazer terrenos menores do que este. Esta regra também vale para os chamados desmembramento de terreno que é quando uma pessoa decide dividir o seu terreno ao meio. Isto é possível desde que nenhuma das duas partes resultantes sejam menores do que a metragem mínima permitida na cidade, ou que não fira outros critérios definidos pela prefeitura para tal operação.
Pode ser uma vantagem ou até uma desvantagem, tudo dependerá do propósito de cada um. Geralmente as pessoas que tem mais dinheiro preferem terrenos maiores, pois isto possibilita a construção de uma cada grande, ampla, espaçosa, com piscina, jardim, etc. Sob este ponto de vista é bom. Para quem não tem dinheiro, ele pode ser um problema, já que o preço do IPTU é bem mais alto, por exemplo, e com isso a pessoa estará pagando mais geralmente por um espaço que ele não ira utilizar totalmente.
Primeiro o que você pretende construir. Acho que este é o ponto central para entender se o tamanho de um terreno é grande ou não. Depois, leve em conta que é necessário deixar áreas de recuo na frente e nas laterais da cada, geralmente 4 ou 5 metros na frente e pelo menos 1,5 nas laterais. Com isso você teria aquilo que chamamos que área útil da construção. Além disso, considere o que você gostaria de ter de área útil de lazer ou quintal, como alguns conhecem.
Quando é feito o lançamento de um loteamento, antes é necessário fazer um projeto. Isto é, a empresa compra a área, cria o projeto com a definição dos lotes, tamanhos, áreas públicas, ruas, praças, etc. Depois ela precisa submeter este projeto à prefeitura para a devida aprovação. Então inicialmente é a própria incorporadora que define, mas quem aprova é a prefeitura.
Paradoxo? Parece que sim, mas na verdade o que pode ser feito é maximizar os espaço com técnicas que, mesmo não alterando o tamanho da casa, podem modificar o seu uso e assim ganhar espaço. Algumas ideias:
Olhe para o alto. Normalmente usamos o piso e parte da parede, mas se analisarmos bem boa parte da parede, especialmente a parte superior é vazia e ai é que entra os móveis planejados para ocupar esses espaços.
Planejar tudo. Planejar móveis significa ocupar cada espaço e aproveitá-lo da melhor maneira possível. Sabe aquele cantinho que não serve para nada? Serve sim e isto conta muito quando se planeja tudo.
Mudança de móveis e eletroeletrônicos. Qual era o espaço que uma TV antiga usava? E o computador de mesa ou desktop? E o fogão da sua casa?
Pois é. As TVs atuais são fixadas na parede e praticamente não ocupam espaços, os computadores estão sendo substituídos por notebooks e celulares. E o tradicional fogão foi substituído por cooktops.