Tem um programa na TV por assinatura que se chama: Ame-a ou deixe-a, a versão Vancouver é certamente a melhor. No programa, um casal tem uma casa que não está atendendo as necessidades da família e um deles quer reformar, enquanto o outro quer vender e comprar uma casa pronta que atenda às necessidades.
Ai entra em cena uma arquiteta que faz uma boa reforma na casa e assim tentar convencê-los a ficar. Entra em cena também um corretor de imóveis que encontra uma casa nova e tenta convencê-los a ir embora. Dai o nome do programa “Ame-a ou Deixe-a”. No final, eles têm de escolher ficar com a casa reformada ou optar pela nova.
O que o programa mostra nos moldes americanos, ou canadense, no caso acima citado pode ser bem aplicado ao nosso caso aqui no Brasil. Embora o conceito de construção e forma aqui seja bem diferente do que eles têm lá, mas a ideia ainda prevalece.
Afinal, é melhor reformar uma casa ou construir uma nova para morar?
Como eu construí duas casas e reformei pelo menos duas também, penso que pela minha experiência é possível afirmar que construir é melhor, mas para fundamentar melhor minha opinião, analise os pontos abaixo.
Durante um tempo procurei uma casa para comprar e como eu queria que ela fosse de uma região muito específica e dentro de uma faixa de preços, sabia que só conseguiria comprar uma casa mais antiga, coisa que era abundante nesta região e assim promover uma reforma dela.
O problema era que cada casa que eu via, tinha alguma limitação significativa em termos de reforma. Por isso, no final acabei optando por comprar um terreno e construir.
Recentemente fiz uma boa reforma na minha casa e confesso que além de ter sido muito cansativo, os resultados ficaram um pouco a desejar. Isto porque ao reformar você trabalha com as limitações que a própria construção te impõe.
No exemplo dos programas de TV nos Estados Unidos e Canada, eles fazem reformas de verdade, pois conseguem aumentar, diminuir e redefinir de fato o espaço de uma casa. Aqui não é assim, nossas paredes são de alvenaria, a dele é de madeira com cobertura de gesso.
Reformar aqui, em muitos é trocar a pintura, alguns pisos ou a pia do banheiro. Quando é muito radical, você troca pisos ou revestimentos e faz algumas mudanças em paredes, mas isto quando é possível e com certas limitações.
Então em muitos casos reformar uma casa não significa que você irá transformá-la a ponto de atender a necessidade que você tem. Sem contar que temos aqui terrenos muito pequenos e boa parte das casas nem tem espaço para aumento, se isto fosse possível.
Na construção a coisa é bem diferente, dai a minha preferência por ela. Com um terreno vazio é possível montar um projeto que seja adequado à sua necessidade, respeitando os limites do terreno e seu orçamento.
Mas é um terreno vazio. Dá para desenhar, mudar, amentar e diminuir espaços, mudar a posição da casa, entre outros. O projeto aceita tudo.
Então é um momento e uma oportunidade de realmente criar uma casa personalizada, coisa que não é possível fazer adequadamente com uma reforma.
Dizem os corretores que construir uma casa custa em média 30% menos do que comprar uma pronta. Creio que pelo menos em parte deve ser mesmo verdade e embora os números possam alterar, é possível ter esse número em mente.
Assim, o custo-benefício da construção de uma casa é grande, pois além de ser mais econômico, você tem ainda essa oportunidade ímpar de criar uma casa do seu jeito e que possa atender perfeitamente suas necessidades.
Mas as coisas mudam com o tempo e as necessidades também. Um aumento no número de pessoas na família ou a diminuição pode levar alguém a repensar o projeto de uma casa. Outras necessidades também podem forçar a buscar alternativas.
É ai que entra em cena a nova necessidade de analisar se compensar reformar a reca para atender os novos anseios ou se vale apena vender e construir novamente. Eu, certamente optaria por vender e construir de novo.
E você? Vai amá-la ou deixá-la?