Quando falamos em economia os brasileiros costumam não se sair muito bem nesta matéria, pois o histórico recente que acompanhamos foi exatamente o inverso disso, ou seja, uma população que costuma comprar a prazo, pagar juros e ainda pagar mais caro o item desejado. É muito interessante que algumas lojas de varejo entenderam isso tão bem que ao invés de anunciar o preço dos produtos passaram a anunciar o valor das prestações deixando claro que para o consumidor o que importa é o quanto ele pagará por mês e não necessariamente o valor final que estará pagando.
Infelizmente em algum momento cada um de nós já esteve no quadro desenhado acima, mas quando o assunto é construção civil as coisas precisam ser melhores conduzidas, já que o montante de dinheiro investido na construção de uma casa costuma ser alto e economizar um pouco pode ser significativo no custo final da obra.
Bem, se uma parede precisar de 1000 blocos para ser erguida, não dá para fazer com 800, neste caso o princípio da economia está na escolha do material e na melhor maneira de comprá-lo. No caso de bloco cerâmico, por exemplo, você poderá usar o de 8 furos, de 9 furos, tijolinho de barro, bloco de concreto e outros. Cada um tem um preço e um rendimento, ai está o princípio que deve ser usado na economia. Na minha recente pesquisa de preços percebi que a o bloco de 8 furos é quase R$ 100,00 mais barato no milheiro e o de 9 é de.
Mas há outras formas que podem ser adotadas para economia com materiais de construção. Segue algumas dicas:
Mas toda a base da construção é definida no projeto e portanto atente para esta etapa. Vamos imaginar que você tenha contratou um arquiteto para elaborar o projeto da casa e ele trouxe ótimas ideias e fez um projeto super bacana, mas ele pensou na economia de materiais? As sugestões legais dele significa quanto de materiais de construção a mais? Tive uma briga (no bom sentido, é claro) com o meu arquiteto neste sentido, pois demorou um pouco para ele entender que eu precisava economizar na construção, embora as sugestões dele fossem ótimas.
Na verdade todo projeto bem feito visa sim otimizar o custo e os arquitetos sabem disso e aplicam isso com muita competência. Mas ao mesmo tempo eles criam boas soluções que custarão mais. Então se a questão fundamental para você é economia e o orçamento está muito apertado, você tem que abrir mão de algumas boas ideias e boas propostas em nome de um projeto mais simples.
Outro ponto a ser analisado é o tamanho da obra, afinal cada metro quadrado a mais é uma quantidade maior de material de construção que será consumido. Neste caso minha dica é você definir quantos cômodos realmente irá precisar e o tamanho de cada um segundo a sua necessidade. Se um quarto de 3 x 3 resolve o seu problema, porque querer construí-lo de 4 x4? Demorei mais de 6 meses só para acertar a planta baixa da minha casa, mas defini o tamanho de cada cômodo e a metragem total mínima, então o arquiteto e o engenheiros tiveram de soar a camisa para chegar à medida que eu precisava, pois eu sabia que para economizar com materiais de construção e mão de obra, eu não poderia abrir mão disso.
Não se engane, pois na construção o cálculo é feito por metro quadrado e cada metro a mais custará mais materiais de construção e mais mão de obra. Isto custa dinheiro. Então se prensa realmente em economizar, uma boa estratégia é diminuir o tamanho da obra.
O acabamento é sem dúvida a etapa onde dá para gastar mais ou economizar mais. Digo isto, pois é aqui que encontramos materiais com as maiores diferenças de preços, bem como variedades que vão do simples ao sofisticado.
Para construir uma casa refinadíssima, usou o mesmo cimento que se usou na construção de uma casa popular e mesmo que tenha usado uma marca melhor, a diferença de preço é insignificante. O mesmo pode ser aplicado para pedra brita, tijolo, areia, terra, ferro, entre outros materiais básicos.
Mas a grande diferença está no acabamento. Se você olhar os anúncios de imobiliárias sobre a venda de casas de alto padrão, irá notar que eles usam o termo bem conhecido: "fino acabamento". Mostrando claramente que é no acabamento que as diferenças aparecem, inclusive as financeiras.
Mas a melhor estratégia mesmo é unir o melhor dos dois mundos e comprar parte nos grandes lojistas e parte nos pequenas lojas da sua cidade. Como em toda a atividade econômica a pesquisa de preços ainda é o melhor remédio para economizar dinheiro e no caso de materiais de construção não é diferente.
Quem já construiu sabe o trabalho que dá e parte significativa deste trabalho é exatamente na compra de materiais. Quando você tem o orçamento um pouco apertado, as coisas complicam mais ainda, pois é necessário ter mais cuidado na hora da compra, pesquisar e pechinchar mais.
Pela minha experiência na construção de duas casas, a compra de materiais básicos, como areia, pedra, cimento, tijolo e outros é mais indicado para lojas de materiais de construção em seu bairro ou mesmo em sua cidade. Parte da justificativa é a facilidade e agilidade de entrega, bem como menores preços em muitos desses materiais.
Os intermediários como portas e janelas, pias de cozinha e banheiro, entre outros merecem uma atenção especial e bastante pesquisa, pois não vi muitas diferenças em termos de tamanhos de lojas. Esses itens são mais indicados para serem comprados em fornecedores individuais.
Já na parte do acabamento, os grandes players dos materiais de construção acabam levando vantagem, até pela quantidade de itens e variedade de modelos que eles dispõe. Mas ainda assim vale muito a pena uma boa pesquisa a fim de certificar onde realmente vale a pena comprar.
Eu comprei em lojas pequenas, nas megastores da construção, em fornecedores individuais de vários tipos. Prezei por pesquisar antes de comprar.