A compra de terrenos em condomínios fechados visando a construção de uma casa é uma alternativa que muitos vem buscando por inúmeros motivos. Pode ser em função da falta de segurança que é comum em nossas cidades, privacidade ou mesmo por ser uma das alternativas que você encontra bons terrenos para a compra. Mas há diversos fatores que uma pessoa precisa avaliar antes de pensar em construir uma casa e no caso dos condomínios pode existir o chamado padrão para construção ou padrão mínimo.
Casa em condomínio tem padrão mínimo para construção? A resposta é que não é necessariamente uma regra, mas na maioria dos casos há sim algumas regras para a construção e então de certa forma constitui um padrão. O que acontece é que cada um trata o assunto de uma forma e quem faz lançamento do empreendimento determina esses padrões de acordo com a proposta que se espera dali. Desta forma se a proposta do empreendimento for de alto padrão, as regras podem ser mais rígidas e exigir construções mais sofisticadas.
Como disse não há um modelo único para todos os casos, mas geralmente os itens abaixo podem compor as regras para a construção ou o padrão:
Além do padrão de construção, existe ainda o padrão de comportamento ou regras de convivência em grupo. Neste pode haver especificações quando a animais domésticos em casa, barulho, velocidade dos veículos nas ruas do condomínio, horários para entregas, regras quanto a visitas, entre outras.
Mas tudo isso deve estar especificado no contrato de compra ou em um documento anexo a ele específico para tal fim. Assim, ao efetuar a compra você estará também concordando com esses termos e a aplicação deles.
Embora não seja necessariamente relacionada ao padrão da construção, há também regras quando a forma de conduzir uma construção. Neste caso, poderemos citar algumas situações, como:
Mais uma vez é necessário salientar que tudo isso deve estar documentado, pois a não observância de tais parâmetros podem gerar advertências, multas ou outras sansões previamente estabelecidas e acordadas.
Eu nasci e cresci em um sítio no interior de Minas Gerais e na minha infância convivi com a vida em plena liberdade de ir e vir para onde bem entendesse sem se preocupar com segurança, privacidade e essas coisas que nos preocupamos hoje. Depois me mudei para a cidade e desde então passei a conviver com os problemas que é conhecido de todos em termos de moradia.
Inicialmente na maioria das cidades o padrão de bairro aberto foi predominante por aqui e as coisas funcionaram relativamente bem, mas os problemas associados a falta de segurança, privacidade, entre outros tem levado muitas pessoas a “fugirem” para os condomínios fechados. Mas nos últimos anos tenho percebido que esta fuga começa a ganhar proporções enormes e quase podemos dizer que é uma fuga em massa.
Atualmente moro em uma cidade do interior de São Paulo na região de Campinas e por aqui a moda de condomínios é muito grande e começa a desenhar como a possível moradia do futuro. Mas isto é bom?
Primeiro é preciso pensar que quando nos mudamos para condomínios fechados, estamos assumindo mais compromissos e algumas responsabilidades que na verdade são dos órgãos públicos. No condomínio onde moro e creio que nos demais também, somos obrigados a pagar por tudo, como a segurança, a limpeza, a manutenção da rede elétrica nas ruas, entre outras coisas. Ou seja, a conta aumenta bastante e a taxa de condomínio não dá sinais de parar de subir.
Por outro lado você compra uma sensação de segurança. Na prática eu não sei se ela existe, mas pelo menos psicologicamente ela funciona. Outra observação é que neste modelo de moradia, que eu acredito ser a do futuro, me permitiu voltar um pouquinho no tempo e poder viver ainda que muito superficialmente aquilo que eu tinha na minha infância e que por muito tempo ficou esquecida, como por exemplo, dormir com a porta da sala aberta (não recomendado, mesmo em condomínio) ou ver meu filho sair sozinho pela rua a procura dos coleguinhas para jogar futebol no campinho interno.
Você paga uma taxa mensal para cobrir os gastos com segurança, como as pessoas que trabalham na portaria e ronda, por exemplo, manutenção, energia elétrica, água e outros gastos. Muita gente não gosta de pagar a taxa condominial por associar ela a ideia de um aluguel, mesmo sendo eles proprietários de suas casas.
Nos condomínios de casas, que é o foco deste estudo, a prefeitura faz muito pouco em favor daquele local. No meu caso, creio que não faça quase nada, pois as lâmpadas das ruas quando queimam é nossa responsabilidade trocar, não entra serviço de limpeza de rua, nem coleta de lixo, entre outros serviços comuns em bairros abertos.
Existem regras que são definidas e aplicadas a todos os moradores e proprietários, como regras relativas à construção, dias e horários para execução de serviços de construção, reforma e manutenção, regulamentação quando a animais domésticos, entre outros. Esses pontos geralmente são motivos de controvérsias e em muitos casos de atritos entre moradores.
Apesar de ter a segurança e a privacidade como ponto alto, nem tudo são flores. Basta ir em uma reunião condominial para entender melhor. As pessoas se queixam de muita coisa, não estão satisfeitas e as discussões neste tipo de assembleia é muito comum.
Particularmente penso que a vida em condomínio tende a ser a moradia do futuro, mesmo que ela seja mais cara. Em um futuro não muito distante, penso que veremos as cidades mais como os modelos medievais onde toda a cidade era murada, a diferença agora é que teremos mini cidades dentro da cidade. Quem viver verá!