Eu imaginava que vender um imóvel seria bem mais complicado do que comprar, pelo menos eu me baseava no raciocínio lógico de que a venda é mais difícil pois sempre tem alguém querendo vender algo e a concorrência é grande. Já a compra é mais fácil pois estando com o dinheiro em mãos, fica fácil.
Minha percepção estava errada e baseado nas últimas transações imobiliárias de compra e venda que realizei, fiquei convencido que comprar pode ser mais difícil que vender. Abaixo eu relaciono alguns motivos que justificam minha tese:
Acho que as coisas não são tão difíceis para os chamados investidores, que são pessoas que compram imóveis para investimento e não para uso, neste caso os critérios são outros. Mas para quem quer uma casa para morar e talvez passar o restante dos seus dias ali, existe o conceito do imóvel certo. Localização, características da rua, vizinhança, tamanho dos quartos, a famosa e problemática cozinha, quantidade de banheiros, entre tantos outros itens que pode compor a sua lista de exigência. Tudo isso torna-se extremamente complicado, pois a casa que atende a quase tudo isso, mas a cozinha é pequena e a ai a mulher diz: onde vou por a mesa? Este espaço é para fogão de quatro bocas e não de seis e por ai vai.
Vi muitas casas, mas achei extremamente complicado a relação imóveis disponíveis versus imóvel certo. No meu caso infelizmente este casamento não aconteceu.
Outra coisa que colabora para dificultar a compra de imóveis, especialmente casa para moradia é a condição dos mesmos. Vi muita coisa, mas chagava a ser lamentável a situação de alguns. Lembro de uma casa que tinha tanta sujeira e mato alto no quintal que chegava a ser brincadeira. Não são todos os casos, mas penso que quando uma pessoa quer vender uma casa, deve deixá-la apresentável ao comprador, no mínimo limpa.
O preço é sempre um item complicado, afinal quem compra sabe até onde pode ir e não sei se foi coinscidência, mas parece que a maioria dos imóveis que eu achava que daria para comprar estava sempre um pouquinho acima do meu orçamento. Para contribuir eu precisava fazer financiamento de uma parte do valor e isto também conta contra, afinal, é muito comum encontrar imóveis com problemas de documentação, proprietários com problemas de documentação e tudo isso não passa no processo de financiamento.
Para finalizar minha listinha deparei com a indecisão de alguns vendedores. Houve uma casa que eu considero a melhor de todas que havíamos visto, eu e minha esposa gostamos de primeira, coisa extremamente difícil de acontecer. Então não havia dúvidas, a casa era boa, a localização ótima e o preço aceitável. Até que o proprietário resolveu simplesmente mudar o preço mesmo depois da negociação em andamento. Outros anunciam os imóveis e quando chega na hora de fechar o negócio, simplesmente dizem que não vão vender mais.
Sei que as minhas experiências podem não refletir a realidade que a maioria das pessoas enfrentam, mas pelo menos no meu caso comprar um imóvel foi bem mais complicado do que vender.
Geralmente os imóveis mais antigos têm como características o tamanho de seus cômodos e consequentemente o tamanho final do imóvel. É comum encontrarmos casas e apartamentos mais antigos com tamanhos bastante grandes, isto acontecia pelo fato de não haver antigamente o problema que temos hoje da limitação de espaço para a construção civil, também colaborava com este fato a ideia de que é necessário bastante espaço para se viver bem e acomodar os móveis que não eram tão compactos como o que temos hoje. Mas será que os imóveis grandes como as casas ou apartamentos de antigamente ainda continuam como tendência ou será que isto é coisa do passado?
A julgar pelos lançamentos imobiliários que tenho visto recentemente é possível acreditar que existe uma tendência de imóveis cada vez menores, especialmente no caso de apartamentos que tem ficado bastante compacto nos últimos anos. Recentemente fiquei bastante impressionado com a notícia do lançamento de um empreendimento em São Paulo com apartamentos de apenas 19 metros quadrados. Embora este seja um caso bastante extremo, ele não é um único exemplo de redução do tamanho dos imóveis. Os empreendimentos de casas também tem seguido essa mesma linha e visando ocupar bem os poucos espaços bons que existe para construção, as construtoras têm oferecido imóveis relativamente pequenos.
Mas os imóveis grandes como casa e apartamentos não são necessariamente coisa do passado, as pessoas ainda continua fazendo imóveis grandes, mas isto se aplica a pessoas com poder aquisitivo pouco maior. O problema da redução do tamanho das casas e apartamentos novos e também por uma questão de limitação econômica já que o custo da construção civil tem aumento muito e com isso quanto maior a casa, mais cara ela será e consequentemente menor será o público que terá condições de comprar. Quando falamos que é uma tendência a redução do tamanho dos imóveis, estamos também afirmando que as pessoas com poder aquisitivo mais baixo estão comprando mais imóveis e consequentemente há uma demanda maior por esse tipo de empreendimento.
Mas qual a sua opinião sobre o tamanho de um imóvel, você prefere imóveis grandes como casas e apartamentos bem espaçosos o prefere a praticidade de um móvel menor embora com menos espaço?Muitas pessoas hoje optam por construir casas menores, porque preferem o menor preço que vem com uma pegada menor, juntamente com menos manutenção e menores contas de serviços públicos.Outros escolhem morar em casas menores porque são conscientes da terra e querem limitar a pegada que produzem no planeta. Seja qual for o motivo, essas casas menores estão surgindo em todo o país como casas complacentes, unidades residenciais de acessórios e pequenas casas.As pessoas estão descobrindo que ter menos metragem quadrada não significa que a casa será menos confortável. a sua opinião no formulário de comentários abaixo.
Por Redação e Aline Priscila da Silva Muniz Nóbrega