É comum ouvirmos a expressão cidade dormitório em alguns momentos e especialmente quando se trata da relação de trabalho em uma dada região. A mídia por exemplo usa bastante esta expressão e ela pode ser parte do entendimento de alguns fluxos migratórios, da industrialização em determinadas regiões do país ou ainda de uma má concentração de moradias em determinada cidade.
O termo cidade dormitório usado para designar uma cidade onde as pessoas usam para passar a noite apenas, mas trabalham em outra cidade. Este processo é bastante comum e em todas as cidades encontraremos o cenário acima, porém quando o percentual da população que estiver nessa situação for muito alto então aparece o termo naturalmente mostrando que aquela cidade está sendo usado apenas para as pessoas dormirem, mas o seu trabalho e suas atividades econômicas estão sendo desenvolvidas em outra cidade, geralmente uma cidade vizinha com melhores condições de trabalho e mais promissora economicamente,uma pequena comunidade que não tem grandes indústrias.
Existem algumas razões para te explicar tal fenômeno, sendo uma delas o fato de a cidade não ter uma infraestrutura adequada para o desenvolvimento econômico e empresarial, mas também o problema pode estar do outro lado, ou seja, a cidade vizinha pode ser muito proeminente a ponto de atrair pessoas para atividades econômicas, tornando difícil a competição por outras cidades menores.Uma cidade dormitório perde sua principal fonte de emprego, deixando seus moradores para procurar trabalho em outro lugar.
Os melhores assentos de cidades dormitórios são as pequenas cidades que ficam próximas das metrópoles, como no caso de São Paulo, Rio de Janeiro e Belo Horizonte, por exemplo. Uma cidade pequena que não tem indústria e um comércio limitado nas proximidades de são Paulo acaba naturalmente tornando-se cidade dormitório, já que a capital paulista é extremamente forte em atividade econômica e acaba atraindo a mão de obra de muitas cidades da região.
Onde os passageiros são mais ricos e os mercados habitacionais de cidades pequenas são mais fracos do que os mercados habitacionais municipais, o desenvolvimento de uma cidade de dormitórios pode elevar os preços das moradias locais e atrair empresas de serviços de alto nível em um processo semelhante à gentrificação. Residentes de longa data podem ser deslocados por novos moradores devido à alta dos preços das casas. Isso também pode ser influenciado por restrições de zoneamento em áreas urbanizadas que impedem a construção de moradias adequadamente baratas, próximas aos locais de trabalho.
A principal vantagem para quem não tem dinheiro suficiente em comprar uma casa em uma área mais dinâmica, a opção por uma cidade dormitório pode ser uma boa escolha.
A escolha do local para a moradia é uma das decisões mais importantes da nossa vida, afinal a casa onde moramos é o local onde passamos boa parte da vida, nos relacionamentos com vizinhos e a sociedade em volta. É ali também que criamos nossos filhos e a escola onde vão estudar, os amigos que irão ter e as influências que sofrerão, em boa parte dos casos está associada à localização onde decidimos estabelecer nossa moradia.
Muita gente, por opção ou por falta dela escolhe ou é escolhido para morar em bairros bastante afastados, eu particularmente já morei em um bairro bem distante do centro da cidade e baseado na minha experiência, cheguei à seguinte conclusão:
O trânsito é um dos piores inimigos de quem mora distante. No meu caso além de uma avenida muito perigosa, dada a alta velocidade e desrespeito dos motoristas, tinha que atravessar o anel viário da cidade sempre que quisesse ir ao centro ou quase que em qualquer lugar da cidade. Isto me cansou muito.
Eu tinha um escritório em casa e dependia muito de comunicação, especialmente de internet e a qualidade era muito ruim, dada a poucas opções de conexão, sendo apenas via rádio. Isto além de dificultar meu trabalho, causou muito stress e desgaste.
Outro ponto que considerei foi a estrutura do bairro, no meu caso e no case de muitas pessoas, falta farmácia, supermercado, academia e outros recursos que usamos com mais frequência. Isto remete ao primeiro item, ou seja, trânsito para o deslocamento para outras regiões com mais frequência.
Depois de um tempo acabei optando por mudar para uma casa em uma região mais central. O resultado é uma dependência muito menor de carro e consequentemente menos exposição ao trânsito, a solução dos problemas de comunicação, especialmente de internet, já que aqui tenho banda larga via cabo que é infinitamente melhor do que rádio e acesso a serviços e estabelecimentos de uma maneira muito mais rápida e fácil.
Mas nem tudo são flores, para muita gente a região central é um problema, pois durante o dia ferve de gente e movimento e a noite fica muito isolada. Morar em regiões centrais torna mais complicado o acesso a estacionamento que anda cada vez mais escasso e o excesso de trânsito que as vezes ou sempre, incomoda.
Qual sua experiência e sua preferência quanto a moradia? Você prefere morar em regiões mais próximas ao centro ou em bairros mais afastados? Dê a sua opinião no formulário abaixo.
Por Redação e Aline Priscila da Silva Muniz Nóbrega